Aproveitamos
um final de semana para irmos a Ilhabela, litoral de São Paulo. Eu já conhecia a ilha, mas o
Cláudio não.
Ilhabela é um dos quatro municípios do Litoral Norte paulista. Localizado na
ilha de São Sebastião há aproximadamente 260 km de São Paulo, Ilhabela é um município arquipélago
composto também por outras inúmeras ilhas menores. Separado do continente pelo
canal de São Sebastião, chega-se à ilha através de balsas operadas pela Dersa, num percurso de mais ou menos 20
minutos.
Quase
80% da ilha principal é ocupada pelo Parque
Estadual de Ilhabela, uma reserva de mais de 27 hectares de mata atlântica.
O relevo é bem acentuado, chegando a mais de 900 metros de altitude em alguns
pontos. Há duas partes distintas na ilha, a face voltada para o continente,
onde se concentram as atividades urbanas, hospedagens, comércio, as praias são
pequenas e calmas e a face voltada para o oceano, pouco habitada, cuja
principal praia, a de Castelhanos, é
acessível apenas por carros 4x4 ou jipes, pois se atravessa o parque estadual
em uma estrada de terra.
A
vocação principal do município é mesmo o turismo, e a atração principal são as
mais de 30 praias que cercam a ilha. Mas também há passeios de jipe, trilhas,
mergulhos canoagem, iatismo e cachoeiras.
Há
uma boa quantidade de hotéis e pousadas, para todos os gostos e bolsos e,
devido à própria estrutura de ruas da ilha que se concentra numa faixa
relativamente estreita entre o mar e o início do parque estadual, nunca se fica
muito longe de uma bela praia. Ficamos hospedados no Ilha Flat Hotel, um hotel 4 estrelas localizado em frente à praia do Perequê. Esse hotel possui
quadra de tênis, piscinas, restaurante. Os quartos são excelentes, o
atendimento também. Fizemos a reserva pelo site da Decolar e tudo deu certo.
 |
Interior do Ilha Flat Hotel |


Nossa
aventura começou na sexta-feira, saímos cedinho de Osasco e chegamos à balsa
por volta de 11 horas, indo pela Rodovia
dos Tamoios. Uma dica pra quem for por essa rodovia,
cuidado com o excesso de velocidade... na parte duplicada (no planalto), você
vê uma placa enorme dizendo que o limite é 80 km/h, cem metros depois pode ter
uma plaquinha baixando a velocidade para 60 ou 40 km/h, nas passagens de
pedestre e logo em seguida uma câmera, é assim o tempo todo; já na parte de
serra, a velocidade vai de 50 para 30 km/h bruscamente e também, logo em
seguida, uma câmera então, vá com cuidado e prepare-se para baixar a velocidade
bruscamente as vezes. Eu concordo totalmente com o controle de velocidade, acho
que deve sim ter uma punição pra quem exagera na velocidade, mas achei que lá era
uma coisa exagerada e feita não se pensando na segurança, mas para multar
mesmo. Na volta, viemos pela Rodovia
Rio-Santos (que, nos trechos urbanos, também havia esses exageros, com o
agravante de algumas câmeras estarem cobertas por sacos plásticos, o que deixa
os motoristas em dúvida se estão mesmo funcionando ou não e qual o real
objetivo do gestor da rodovia).

Ficamos
esperando quase duas horas pra conseguir atravessar o canal, porque naquele dia
tinha quatro balsas em operação e uma delas quebrou. O valor da travessia foi
R$ 15,00 para ida e R$ 6,50 para volta (nos finais de semana e feriados esse
valor muda). Chegamos ao hotel pouco antes do horário de check-in, mas o quarto
já estava disponível; no balcão descobrimos que além do café da manhã, o jantar
também estava incluso na diária, o que nos deixou felizes, já que o valor gasto
em jantares costuma ser o que mais pesa nas viagens.
Nessa
tarde fomos a pé para o Centro Histórico,
uns 4 km de caminhada para ir (e mais 4 para voltar), mas como andamos pela
orla, nem vimos o tempo e o cansaço passar.
A
vila de Ilhabela é um conjunto de
ruinhas, onde fica a igreja matriz, a prefeitura, centros culturais
tradicionais, vários restaurantes e cafés, lojas e o píer, onde param os navios
de cruzeiro durante a temporada.
Tomamos
um café com bolo gostoso no Free Port
Café, em frente ao píer, gostamos tanto que voltamos no sábado à noite.
No
dia seguinte fomos de jipe para a
Praia
dos Castelhanos, um lugar quase que obrigatório.
Contratamos
a empresa Maremar para nos levar, fomos de jipe com outras 8 pessoas, mas não
ficou apertado. Para chegar a Castelhanos,
atravessa-se o Parque Estadual, pois
fica do outro lado da ilha. Estava um dia meio nublado e pegamos um pouco de
neblina e friozinho na parte mais alta da estrada. Há algumas paradas no caminho para observação
de cachoeiras e um mirante.
A
praia de Castelhanos é muito bonita,
essa empresa de jipe nos levou até o restaurante Marebar, (mas nada impede que
você escolha outro). Ficamos nesse mesmo, o atendimento foi muito bom, as mesas
e espreguiçadeiras já estavam armadas e daí, foi só relaxar. Quem quisesse
poderia ter feito uma caminhada num total de 2 horas até uma cachoeira, mas nós
preferimos ficar curtindo o visual da praia mesmo. Relaxante, estávamos
precisando disso.
Caminhamos por toda a orla, pois estava meio nublado então
foi muito gostoso. Uma dica de ouro
pra quem vai pra Castelhano: leve repelente, um bem eficiente, senão
você será “comido vivo” pelos borrachudos; tem muitos e parece que eles já se
acostumaram com os repelentes mais comum, eu usei o Off Family e mesmo assim
tive umas 8 picadas, o Cláudio também, e nem tiramos as camisetas, preferi não
arriscar. Que dia gostoso passamos ali.
A
vila de Castelhanos, um bairro de Ilhabela, fica fora do parque estadual.
Possui uns 320 habitantes que vivem de turismo e da pesca. Não tem luz elétrica
(só gerador) celular, telefone. Há algumas pousadas de moradores locais. Mas
infelizmente, esse paraíso está sobre forte ameaça, conversando com o dono do
restaurante, ele nos disse que a especulação imobiliária está aumentando por
lá, há até a ameaça da construção de um resort e outros hotéis, mas para isso
teriam que mudar o zoneamento da área, eu espero que não consigam.
Voltamos
para o hotel por volta de 5 da tarde.
No
domingo fizemos um tour de carro de norte a sul da ilha, apenas para ver as praias
e voltamos para casa.