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sábado, 25 de maio de 2019

Cachi e o Parque Nacional de los Cardones


Cachi e o Parque Nacional de los Cardones

Uma das características que chama a atenção passeando pelos arredores de Salta é a mudança que ocorre na vegetação.

Devido à variação de altitude, é possível observar uma vegetação densa úmida próxima à cidade de Salta, vegetação rasteira quando começamos a ir para maiores altitudes, e a vegetação típica de altitude.


Uma planta que me chamou muito a atenção, pelas características, imponência e pela própria longevidade dos espécimes foram os Cardons (cardones). Este cacto encontrado na América do Sul em altitudes elevadas pode chegar a 10 metros de altura e demora décadas para se desenvolver e quando adulto, possui flores brancas. Segundo nossos guias, nos primeiros 10 anos, eles não crescem mais do que 5 centímetros, e é uma fase crucial na vida deles, pois por serem tão miúdos, não conseguem armazenar muita água e estão sujeitos às intempéries. Então quando vemos aqueles espécimes enormes na beira da estrada, só nos resta ter muita reverência, pois são seres centenários.



A madeira desse cacto é muito usada para móveis e utensílios, o que o levou a beira da extinção. Hoje, pelo menos na Argentina, sua poda é proibida e os artesãos devem usar apenas exemplares já mortos (como aqueles que foram atingidos por raios ou morreram por alguma doença) para confeccionar os objetos. Apesar de belos, a compra desses objetos deve ser evitada, pois, segundo nossos guias, não há como comprovar se a madeira foi obtida legalmente ou não.




Eu fiquei encantada com aquelas figuram quase onipresentes na beira das estradas, depois de certa altitude (eles são encontrados apenas numa faixa de altitude; abaixo ou acima dessa faixa, não há cardons, se não me engano, a faixa vai de 2000 a 3600 metros de altitude). Por isso, quando soube que em um dos passeios passaríamos no Parque Nacional de los Cardones, fiquei empolgada.


Esse parque, criado em 1996, fica no departamento de Cachi (um dos povoados que visitamos) e ocupa uma área de mais de 60 mil hectares. Passamos pela Rota 33 que cruza o parque até o povoado de Payogasta. Da estrada, a paisagem que se descortina é árida, com vegetação rasteira, muitas montanhas e a presença certeira dos cardons.

A primeira parada foi na Pedra del Molino (3348 metros de altitude), de onde, dizem, é possível tem uma bela vista, mas nós tivemos que acreditar nisso, porque a neblina impediu nossa apreciação desta vista.

A seguir, paramos no Mirador Sendero, já no Parque, aqui sim, uma vista incrível da região. Se você estiver com muita sorte, pode até observar condores voando por ali.

Depois desse mirante, entramos na Reta de Tin Tin, um trecho muito reto desta estrada, onde paramos numa espécie de “bosque”, onde podemos chegar mais perto desta espécie e observar vários estágios de seu crescimento; observamos também outra espécie de planta (a jarrilla) que serve de sombra e proteção para as pequenas mudinhas do cardon, essa planta protege o cacto durante os primeiros anos de sua vida, pois os cardons precisam de sua sombra e proteção contra o frio para crescer no início de seu desenvolvimento.


Infelizmente também, observamos plantas machucadas, lixo e bitucas de cigarros na base das plantas... tem pessoas que não deveriam ser turistas, não acham?



Seguimos pela Reta de Tin Tin, onde paramos novamente numa barraca que vendia temperos e artesanato local, além de ter uma vista de encher os olhos.

Nesse local aproveitei um momento de isolamento e apenas contemplei o lugar, estava meio fresquinho e não havia ninguém por perto, só eu e o vento fresco, muito silencioso... senti uma paz enorme (ai do lado).



Apenas passamos pelo povoado de Payogasta (no Valle de Calchaquíes), a caminho do povoado de Cachi, onde almoçamos no restaurante La Esquina.







Cachi há aproximadamente 3 mil metros de altitude é um lugarzinho pequeno e pitoresco, como todos os lugares que conhecemos nessa região da Argentina. Ruas de pedra ou paralelepípedos, uma praça agradável, onde fica a igreja San José de Cachi construída no século XVIII, tudo isso rodeado por montanhas coloridas.

Salinas Grandes


Salinas Grandes

Mais um dia de paisagens maravilhosas nos esperava! Dessa vez saímos em direção às Salinas Grandes.

No caminho passamos por locais já conhecidos por nós, como a primeira parada para café naquele restaurante com as lhamas esculpidas, entramos na Quebrada de Humahuaca, mas apenas no começo, pois logo saímos em direção à Purmamarca e às salinas.



No caminho, pela Rota 52, saímos da altitude de mil e poucos metros em Salta e chegamos a 4.170 metros de altitude no ponto mais alto. Isso faz você literalmente perder o fôlego, é perceptível que o oxigênio diminui e qualquer movimento mais rápido fará você ficar ofegante e começar a sentir dores de cabeça, o famoso soroche ou mal de altitude.

Os guias recomendam mascar folhas de coca ou balas de coca, mas a escolha é sempre do turista.



Além de ficar sem fôlego pela altitude, talvez você fique também pela paisagem do lugar. Eu simplesmente adoro montanhas e aqui eu pirei com tanta beleza! A cada curva da estrada (e são muitas), uma nova surpresa, é possível inclusive ver bandos de vicunhas, um animal típico dos Andes. Como é comum nessa região, as cores são vibrantes.






Conforme você vai subindo a montanha, atente-se para as mudanças da paisagem: vegetação mais verde e densa próximo a Salta, que vai ficando menos densa até começar a aparecer os cardones e, depois de certa altitude, até os cardones desaparecem (pois eles são encontrados até a 3.600 metros de altitude mais ou menos).





A geógrafa que habita em mim não consegue deixar de admirar esses detalhes, essa viagem me pareceu uma aula de climatologia de montanha (na faculdade fizemos essa aula de clima de montanha entre Angra dos Reis e o Pico do Itatiaia no Rio de Janeiro, numa altitude consideravelmente menor).





As salinas ficam a mais ou menos 3450 metros de altitude, numa área de 212 km². É uma região de extração de sais (sódio, potássio e lítio) e é possível ver as áreas onde as máquinas trabalham e há áreas onde é proibida a passagem de turistas, pois pode ser perigoso, respeite as placas, ok?


É considerado o grande deserto de sal do norte argentino, semelhante ao Salar de Uyuni na Bolívia, porém em menor escala.


Andando pela salina, vemos alguns buracos simétricos no chão, onde já foi extraído sal e que estão cheios de água, é preciso tomar cuidado ao caminhar por lá. Há também áreas que parecem lagos de água.



Próximo de onde os ônibus param há venda de artesanato em sal. Não resisti e comprei uma lhama esculpida no sal.


Na volta paramos para almoçar e caminhar pelo vilarejo de Purmamarca.

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Guia de Portugal


Após dois anos em que os países se fecharam e as pessoas não podiam viajar, estamos num momento de reaquecimento do setor turístico.

O que a maioria das pessoas quer fazer é tirar férias e marcar suas viagens acumuladas.

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