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sexta-feira, 19 de abril de 2019

Humahuaca


Humahuaca

Saímos de Salta pela manhã, a caminho de Humahuaca. O percurso é muito bonito, pois passamos praticamente por toda a Quebrada de Humahuaca (quebrada na Argentina, são vales profundos), lugar de grande beleza com montanhas e formações coloridas. Aquelas cores são provenientes dos diversos minérios e minerais encontrados, que, por passarem por diferentes processos de intemperismo, apresentam cores distintas.




A primeira parada foi para um café e um lanchinho, numa loja de beira de estrada toda colorida, que era lindinha, com duas lhamas imensas esculpidas, e decoração típica.



Por todo o lado que olhamos, cores e paisagens de encher os olhos. No percurso é possível acompanhar todas as diferenças nas paisagens: mais úmida e com vegetação verde abundante próximo a Salta, mais árida conforme vamos para altitudes mais elevadas, onde se destaca um cacto, o Cardon.

Os cardones são cactos encontrados entre mil e 3 mil metros de altitude aproximadamente e são protegidos por lei, pois quase chegaram a extinção.


A Quebrada de Humahuaca foi declarada patrimônio da Humanidade em 2003 pela Unesco e isso protegeu a região, pois impede a mineração. Pelo que os guias nos disseram, as comunidades tradicionais locais também são bastante unidas e lutam para preservar tanto o ambiente quanto sua cultura.



Por séculos essa região de aproximadamente 155 km de extensão serviu como caminho para os povos andinos entre o sul da Argentina e o Peru que deixaram marcas por todo o percurso, que são descobertas e estudadas até os dias atuais.

No caminho entre Salta e Humahuaca, há vários locais para visitar. Neste dia paramos também no vilarejo de Purmamarca, mas esse lugar, com seu cerro de los siete colores merece um destaque maior em outro post exclusivo.

Maimara:

O vilarejo de Maimara fica junto à Ruta 9. A principal atração do lugar é a paisagem, um verdadeiro cartão postal, obra de arte da natureza que não poderia ter outro nome senão Paleta do Pintor: uma montanha colorida que parece uma pintura abstrata.



Do mirante junto a estrada, é possível admirar toda a montanha e suas cores. Nosso guia tentou nos fazer identificar a figura de um golfinho entre as cores, vale usar a imaginação... eu por exemplo, além do golfinho, encontrei também um cachorro, mas só eu consegui enxerga-lo.  
Mas, se você não conseguir ver o cachorro estilizado na montanha, com certeza verá pessoalmente, durante nossa parada, fomos acompanhados por três simpáticos cachorros locais.




Junto a essa paisagem linda, há um cemitério, que deve ser o que tem a melhor vista do mundo.

Os povos andinos costumavam enterrar seus mortos em locais altos e esse costume permanece até hoje nesta região ao menos. Pelo caminho, vimos vários desses cemitérios.







Tilcara e a Pucará de Tilcara

Tilcara é uma pequena cidade com aproximadamente 6 mil habitantes.

Encontra-se há 2400 m acima do nível domar e possui clima seco e frio, com vegetação adaptada a essas condições (basicamente cactáceas e xerófilas).



No início do século XX, pesquisadores encontraram ruinas provavelmente do século XII; após escavações e com as descobertas de artefatos e de vias de acesso, áreas cerimoniais, casas e perceberam que se tratava de um povoado ou uma Pulcara, que significa fortaleza na língua quéchua. Essas ruinas foram parcialmente reconstruídas e hoje podem ser visitadas.








Na área mais elevada deste sítio foi construída uma pirâmide em homenagem aos primeiros pesquisadores que descobriram o local. A ideia pode ter sido boa, mas a construção não tem nada a ver com a arquitetura da Pulcara original e gerou bastante polêmica, principalmente entre as comunidades locais.






Percorrendo as ruas e entrando nas casas de pedra, é possível ter a real ideia de como era o dia a dia da população local; olhando aquela paisagem, eu ficava imaginando em alguns momentos como seria aquele lugar há alguns séculos atrás, sem luz, sem veículos, sem tanto barulho... Devia ser lindo!


Junto à entrada do sítio arqueológico, há um pequeno jardim botânico com diferentes espécies de cactos e que vale a pena ser visitado.





A entrada ao sítio arqueológico custa 300 pesos para adultos não residentes.

Humahuaca

A parada final deste trajeto, onde almoçamos, foi a cidade de Humahuaca, ao norte de Salta e da Quebrada que leva seu nome; o povoado teve sua origem em assentamentos indígenas.





O centro da cidade possui ainda aspectos rústicos, com ruas em pedra, muitas lojas de artesanato, prédios históricos como o cabildo e monumentos em homenagem a personagens que fizeram parte da história local. É uma cidade simples, mas pitoresca, daquelas que são gostosas de conhecer. O guia local nos disse que o carnaval de lá é muito animado e a cidade recebe muitos turistas durante a festa.






Consulte nosso roteiro em https://goo.gl/maps/1TXr4cdB2Q82

Outras informações:
http://www.turismo.jujuy.gov.ar/ Acesso em fevereiro/19
https://www.wmf.org/project/pucar%C3%A1-de-tilcara Acesso em fevereiro/19


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