Salinas Grandes
Mais um dia de paisagens maravilhosas nos esperava! Dessa vez saímos em direção às Salinas Grandes.
No caminho passamos por locais já conhecidos por nós, como a primeira parada para café naquele restaurante com as lhamas esculpidas, entramos na Quebrada de Humahuaca, mas apenas no começo, pois logo saímos em direção à Purmamarca e às salinas.
No caminho, pela Rota 52, saímos da altitude de mil e poucos metros em Salta e chegamos a 4.170 metros de altitude no ponto mais alto. Isso faz você literalmente perder o fôlego, é perceptível que o oxigênio diminui e qualquer movimento mais rápido fará você ficar ofegante e começar a sentir dores de cabeça, o famoso soroche ou mal de altitude.
Os guias recomendam mascar folhas de coca ou balas de coca, mas a escolha é sempre do turista.
Além de ficar sem fôlego pela altitude, talvez você fique também pela paisagem do lugar. Eu simplesmente adoro montanhas e aqui eu pirei com tanta beleza! A cada curva da estrada (e são muitas), uma nova surpresa, é possível inclusive ver bandos de vicunhas, um animal típico dos Andes. Como é comum nessa região, as cores são vibrantes.
Conforme você vai subindo a montanha, atente-se para as mudanças da paisagem: vegetação mais verde e densa próximo a Salta, que vai ficando menos densa até começar a aparecer os cardones e, depois de certa altitude, até os cardones desaparecem (pois eles são encontrados até a 3.600 metros de altitude mais ou menos).
A geógrafa que habita em mim não consegue deixar de admirar esses detalhes, essa viagem me pareceu uma aula de climatologia de montanha (na faculdade fizemos essa aula de clima de montanha entre Angra dos Reis e o Pico do Itatiaia no Rio de Janeiro, numa altitude consideravelmente menor).
As salinas ficam a mais ou menos 3450 metros de altitude, numa área de 212 km². É uma região de extração de sais (sódio, potássio e lítio) e é possível ver as áreas onde as máquinas trabalham e há áreas onde é proibida a passagem de turistas, pois pode ser perigoso, respeite as placas, ok?
É considerado o grande deserto de sal do norte argentino, semelhante ao Salar de Uyuni na Bolívia, porém em menor escala.
Andando pela salina, vemos alguns buracos simétricos no chão, onde já foi extraído sal e que estão cheios de água, é preciso tomar cuidado ao caminhar por lá. Há também áreas que parecem lagos de água.
Próximo de onde os ônibus param há venda de artesanato em sal. Não resisti e comprei uma lhama esculpida no sal.
Na volta paramos para almoçar e caminhar pelo vilarejo de Purmamarca.
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