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quarta-feira, 25 de março de 2020

Nariz del Diablo e Ingapirca


O ir de trem até o “Nariz do diabo” é outro item imperdível de uma viagem à Cuenca.

O passeio parte do centro da cidade. Fomos em um tour quase privado, apenas um turista canadense com a gente no carro com o guia.

O trem parte da estação da cidade de Alausi, umas três horas de viagem desde Cuenca pela Carretera 35.

Essa estrada não tem 100 metros que seja de retas, é curva depois de curva e quando você acha que vai ter um respiro, vem outras dez curvas seguidas! Ou seja, seu estômago vai sofrer (tome cuidado com o que você come no café da manhã). Mas o visual é lindo.




Tem paisagem mais linda?


O Nariz del Diablo é uma montanha com encostas muito íngremes, que foi um grande obstáculo para a construção da ferrovia andina no Equador. Para vencê-lo, foi construída uma pista em zigue-zague, numa encosta com queda de quase 500 metros. É considerado um belo exemplo de engenharia até os dias de hoje e uma das rotas de trem mais difíceis do mundo. Durante a construção muitos trabalhadores morreram devido a acidentes e a transmissão da malária.






A paisagem que se mostra pelas janelas é incrível, montanhas escarpadas, o vale estreito do Rio Chanchán, as rochas íngremes. O trecho em zigue-zague é o auge do passeio, pois há a troca da locomotiva para continuidade do percurso que vai da estação de Alausi até a estação de Sibambe.

No caminho há um aparada no mirante do nariz del diablo, de onde se pode tirar fotos da montanha e do trem e curtir a paisagem.




A estação final de Sibambe possui um restaurante e uma área de exposição da cultura local.

Aquela montanha, alí no fundo, é o nariz del diablo


Ali assistimos uma apresentação de dança e música típicas andinas; com guia local visitamos o Complexo Histórico Nizag as instalações de uma casa típica, um museu, mostras de como é feita uma bebida típica, o Charuarmishqui, uma explicação sobre o nome nativo da montanha Cóndor Puñuma, que significa ninho do condor. nesse lugar também é possível comprar artesanato e o cd com as músicas apresentadas no show (claro que eu comprei, adoro música andina)








Após algumas horas, voltamos para a estação de Alausi.

Use roupas confortáveis, mas previna-se para um friozinho que pode aparecer, mesmo no verão.









Na volta para Cuenca, fizemos ainda uma parada num dos complexos arqueológicos mais importantes do Equador, chamado de Ingapirca, para mim, a parte mais legal do passeio, pois adoro a cultura Inca.

Nesse sítio, percebe-se a mescla das culturas Cañari (construtora original) e Inca que ocupou a região em torno do século XV (os Incas ocuparam pouco tempo os territórios equatorianos, mas deixaram marcas na paisagem e na cultura local).




Os cañaris eram o povo original desta região do Equador até a chegada dos Incas. Sua cultura é rica e influencia os povos locais até hoje.

Em Ingapirca é possível ver áreas cerimoniais, tumbas coletivas, áreas residenciais, silos para alimentação, áreas comuns e o ápice do passeio, principal templo inca no Equador, o Templo Elíptico ou Templo do Sol, onde é possível ver o requinte da arquitetura inca com as pedras perfeitamente encaixadas, comuns também em Macchu Picchu, é maravilhoso.



Templo do Sol





Olha a perfeição desse muro de pedras!



Atravessando o complexo também há uma parte dos famosos Caminhos Incas, que se espalham por toda América do Sul Andina. Que cultura rica e maravilhosa foi a cultura Inca.






Para saber mais:
http://trenecuador.com/es/expediciones/nariz-del-diablo/
https://naturegalapagos.com/es/tren-ecuador/tren-nariz-del-diablo-ecuador

Turismo de compras


Turismo de compras

E aqui chegamos num ponto bem importante de qualquer viagem não é? Hehehe
Fazer compras é algo bem legal para a maioria das pessoas e quando se trata de viagem então, queremos comprar tudo. Infelizmente, em tempos de dólar alto, isso não é tão simples assim, mas eu tenho que acreditar que vai melhorar! então, porque não se preparar, não é?

Neste post não estamos tratando daquela comprinha de lembrancinhas para a família e amigos, estamos falando sobre comprar para uso próprio ou revenda mesmo, compras grandes.

Muita gente desloca-se de sua cidade para comprar em outro lugar, porque os preços são compensadores. Nada melhor do que poder aproveitar uma viagem de turismo para fazer compras, ou uma viagem de compras para fazer turismo, não é?

Eu viajei só pelas compras, mas quando viajo para algumas cidades, aproveito a oportunidade e pesquiso os preços, se forem compensadores, compro (já foi bastante compensador, agora nem tanto, mas...).

No Brasil, podemos citar alguns lugares onde as compras fazem parte do turismo, por exemplo, a Rua 25 de Março no centro de São Paulo recebe milhares de pessoas vindas de todos os lugares do Brasil para comprar produtos no atacado por preços atraentes e quem não quiser revender, pode comprar no varejo também que não vai se arrepender; tem de tudo, roupas, cosméticos, bijoux, brinquedos, e o que sua imaginação permitir.



A cidade Mineira de Monte Sião e a cidade paulista de Serra Negra são famosas pelas malharias, há inúmeras lojinhas para compra de blusas, calças, roupas infantis e recebem muitos turistas principalmente nos meses mais frios. Jaú e Franca no interior de São Paulo são famosas pelas lojas de calçados. Em Caruaru, no Pernambuco, porque não aproveitar as inúmeras barracas da Feira de Caruaru?

Se alguém tiver mais alguma sugestão de lugares no Brasil bons para fazer compra, compartilha aí com a gente...

Já no exterior, quem tem mais de 35 anos deve se lembrar da febre de compras que foi o Paraguai na década de 80, não? As pessoas iam de ônibus e traziam muitas encomendas. Hoje não fazemos mais isso. Mas, fui a Ciudad del Leste em janeiro (2020) e posso garantir que tem muitos turistas brasileiros comprando por lá, talvez não para revenda, mas para consumo próprio. Algumas coisas ainda valem a pena.


O Panamá também é famoso por ser uma "zona franca" para comprar, há muitos shoppings imensos.




Para mim, os melhores lugares para compras estão mesmo nas outlets profissionais gigantescas dos Estados Unidos. Realmente, nunca vi nada parecido, mesmo com o dólar alto (não nos níveis atuais), ainda vale a pena se você souber o que e onde comprar. A rede Outlet Premium (tem filiais em outros países, inclusive no Brasil), tem uma variedade de lojas de marcas conhecidas ou não, que realmente valem a pena (nos EUA, pelo que já vi, a filial brasileira não vale a pena não). Conheço as de Nova York, Orlando e Las Vegas e em todas fizemos boas compras (cuidado com o limite permitido para compras no exterior ok?).





Nas ruas de Nova York, há muitas lojas de departamento, enormes, é possível se perder por ali. A Macy's é uma loucura, andares e mais andares de tudo que você pode imaginas. A Century 21 é muito boa, é uma espécie de ponta de estoque ou "troca" de estoque de marcas famosas, então é possível encontrar óculos, bolsas e roupas de marcas, a preços bastante inferiores aos da loja original.

Outra que podemos lembrar é a Burlington, que é uma Century 21 bem mais zoada, as araras estão misturadas, mas também tem todas as marcas e os preços são muito bons. Eu comprei uma bolsa pequena da Tommy Hilfiger por 15 dólares (hoje é um absurdo, mas na época, estava pouco menos de 3 reais). Há várias espalhadas por Manhattan.


Há quem vá para o exterior apenas para fazer compras, eu particularmente acho um desperdício, mas cada um faz o que quer, né? Eu acho que, já que foi até lá, curta um pouco a cidade e seja um pouco turista, nem que seja por um ou dois dias apenas!

Por mais que a situação esteja difícil, quem curte viajar sempre dará um jeitinho e, economizar no dia a dia nos permite realizar a viagem dos sonhos! 
Tem outras sugestões? Compartilhe aqui com a gente!

segunda-feira, 23 de março de 2020

Cuenca



Cuenca

Santa Ana de los Rios de Cuenca ou apenas Cuenca, é a capital da província de Azuay e a terceira maior cidade do Equador. Localizada a 2.550 metros de altitude, nos Andes, possui clima ameno com dias quentes e noites frias, durante o ano há duas estações, uma seca entre junho e dezembro e uma chuvosa entre março e maio mais ou menos.

Cuenca é uma cidade muito procurada por estrangeiros que querem morar no Equador, principalmente estadunidenses.




Além do turismo, o cultivo de flores é uma importante atividade de exportação.



A cidade também é conhecida pelos famosos chapéus panamá, feitos artesanalmente da palha toquilla. Esse chapéu é um ícone da cidade, você pode encontrá-lo em qualquer loja e nos mais diversos preços. Um passeio legal de fazer é ao Museu del Sombrero de Paja Toquilla, um local de produção de chapéu, que mantém uma exposição com um pouco da história do objeto.















O centro histórico de Cuenca foi tombado como patrimônio da humanidade pela Unesco em 1999 e preserva um charme muito especial. Sua catedral é uma das mais bonitas que já vi. Em estilo gótico renascentista, é uma construção recente, cujo início da obra se deu em 1885 e somente foi terminada em 1985.





Seu interior é muito bonito e é possível subir por uma escadaria interna até a base das torres, de onde se tem uma vista ótima de toda a cidade.






Nosso primeiro dia em Cuenca foi usado para caminhar pelas ruas do centro histórico, visitamos a catedral, a Plaza Calderón (em frente à catedral), as ruas paralelas... em vários locais encontra-se pequenas áreas recobertas por vidro, que são áreas arqueológicas, com partes do antigo calçamento da cidade.

Visitamos um centro de artesanato na Rua General Torres, com muitas lojas pra quem quiser se divertir em compras.



Seguindo pela Rua Simón Bolívar, chegamos até a Igreja de San Blás, limite do centro histórico.













Voltando para o Hotel Los Balcones, passamos por um dos mercados municipais da cidade, o mercado 9 de Outubro, muito bonito, bem organizado e limpo.







Aproveitamos para comprar os passeios que faríamos nos dias seguintes: Trem Nariz del Diablo com ruínas de Ingapirca e Parque Nacional las Cajas.

A noite caminhamos próximo à Catedral, que fica toda iluminada.


Num segundo dia pela cidade (nosso último dia em Cuenca), fomos até o Museu Pumapungo, perto do centro da cidade.

Localizado numa construção moderna e muito bem cuidada, esse belíssimo museu abriga uma coleção de peças pré-colombianas e fica junto às ruínas incas de Pumapungo.

Esse museu, além das peças, há um museu a céu aberto, com ruínas do antigo povoado inca que habitava a região. Pra mim, emocionante, porque eu adoro tudo que se relaciona à cultura inca!







Além de peças arqueológicas, há também uma sala que abriga uma coleção de moedas antigas. Não é permitido fotografar no interior do museu.

Símbolo do Museu Pumapungo

Parque etnobotânico

Amaranto


As peças da coleção são incríveis, mas o que chama a atenção mesmo são as ruínas, onde se pode caminhar.

Junto às ruínas há ainda um parque etno-botânico com mais de 200 espécies de plantas andinas, como milho, amaranto e outras.

















Outro museu imperdível é o Museo de las Culturas Aborígenes, uma coleção privada organizada por grupos étnicos com uma qualidade e quantidade incríveis de peças representantes do povos que viviam no Equador. Vale muito conhecer, o acervo é riquíssimo!