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domingo, 8 de setembro de 2019

O que fazer em Quito?


O que fazer em Quito?

São Francisco de Quito, ou para simplificar, Quito, é a capital do Equador e se encontra a uma altitude de aproximadamente 2800 metros sendo a segunda capital de país em maior altitude do mundo, perdendo apenas para La Paz na Bolívia. Essa característica determina que o clima da cidade seja mais ou menos estável e, de certa forma, ameno, com temperatura média em tornos dos 18°C e períodos de chuva, principalmente entre junho e setembro.

A cidade é formada por um relevo bastante acidentado, o que torna as caminhadas um pouco cansativas, levando-se em consideração a altitude local.

Nosso primeiro dia na cidade foi para adaptação, já que a altitude interfere bastante na nossa capacidade respiratório. Não se ilude, mesmo a 2800 metros, qualquer passo mais rápido fará você ficar ofegante.


Logo cedo fomos ao teleférico de Quito e depois fomos almoçar no centro histórico.






Teleférico e centro histórico







O teleférico de Quito te leva da altitude de dois mil e poucos metros até mais de quatro mil metros. Foi o passeio de teleférico mais legal que já fizemos, devido à paisagem, altitude e características do lugar.


Chegamos de taxi até a bilheteria onde compramos os bilhetes (US$ 8,50) e logo fomos para a fila. O trajeto leva uns 20 minutos e percorre 2.500 metros; a cabina é compartilhada com outras cinco pessoas.


Na subida, já é possível observar a beleza da vista pela encosta do Cerro Cruz Loma, e que leva também a encosta do vulcão Rucu Pichincha.






Logo que saímos da cabina, sentimos o vento frio. A quatro mil metros, a temperatura é bem mais baia que na base do morro, então, vá prevenido com blusas quentes, gorros e luvas. Outra sensação é a de que o oxigênio ficou na base do morro! Ande devagar e com calma, para não passar mal.






Há várias trilhas para seguir. A vista por todos os lados é deslumbrante. É possível ver vários dos vulcões que cercam Quito no “Mirador de los Volcanes”. É possível caminhar bastante por lá e ainda, se quiser, andar a cavalos por algumas trilhas.

Completando o passeio, passe nas lojinhas e na lanchonete.







Na base do teleférico, há um parque de diversões e alguma estrutura de lazer para crianças.

Um balanço bem perto do precipício... para os fortes!


Pegamos um taxi e fomos ao centro histórico.

Com relação aos táxis, vale um comentário. Infelizmente nem todos os motoristas são honestos e acabam manchando a reputação de seus colegas trabalhadores.

Pegamos um taxi na base do teleférico (não era um ponto oficial de taxi). O motorista muito falador, simpático, conversou, perguntou mil coisas sobre o Brasil... só para distrair. Motoristas de taxis muito falantes, desconfiem (tivemos uma experiência parecida em Bogotá). No final da corrida, fomos pagar o valor, (bem acima do que achávamos que deveria ser, mas nem discutimos), com uma nota de 20 dólares, o motorista sempre falante para te distrair, pegou a nota e segundos depois a devolveu dizendo que não tinha troco, pegamos outra nota e pagamos com mais trocados. Quando fomos pagar o almoço, usamos essa nota e, para nossa surpresa, a recepcionista foi logo atrás da gente, pedindo para que trocássemos a nota, porque era falsa. E era, a nota era de um papel muito estranho, liso, muito parecido de um modo geral, mas no toque, era fácil perceber que não era uma nota original. Pois é, fiquem espertos. Hoje, entramos em qualquer taxi e ficamos quietos, não conversamos muito, ficamos atentos a tudo.

Mas, perrengues a parte, nosso passeio pelo centro histórico foi ótimo.

O centro histórico de Quito, tombado como patrimônio mundial pela Unesco, é um dos mais preservados do continente possui inúmeras praças e igrejas. Caminhamos bastante pelas ruas íngremes do lugar e paramos para almoçar num restaurante localizado na Plaza Grande. Continuamos a caminhar após o almoço.





No caminho, visitamos o Museu Camilo Egas, com obras do importante artista equatoriano.













A Basílica do Voto Nacional é simplesmente linda, com arquitetura gótica, foi construída entre final do século XIX e início do século XX em seu interior, muitos vitrais que tornam o ambiente muito bonito. É possível também subir em suas torres, por escadas estreitas e íngremes, o que permite ao corajoso turista que se aventurar uma bela vista da cidade.















Ao final da tarde, depois de um gostoso café com cookie na República del Cacao, voltamos para a Plaza Foch e para o hotel,


Caminhamos um pouco pelos arredores e fomos jantar na Crepes & Waffles, nosso restaurante imperdível em viagens pela América do Sul.








Crepes & Waffles
Num segundo dia caminhando pelas ruas de Quito, chegamos ao Museu Nacional do Equador. Nós adoramos visitar esses museus nacionais! Em todos os países que visitamos aqui na América Latina, seus museus nacionais são muito bem organizados, limpos, impecáveis e... gratuitos. Nesse prédio, na verdade haviam vários museus juntos.





O Museu Nacional do Equador abriga um belo acervo com peças pré-colombianas e coloniais.













Em uma das salas, um verdadeiro orgulho nacional: a obra Os Mulatos de Esmeraldas do pintor quitenho Andrés Sánches Gallques, de 1599 que faz parte do acervo do Museu da América de Madri e que, por empréstimo, voltou para casa. A recepcionista do museu não se conteve em apresentar a obra, realmente de uma riqueza incrível.









Na parte de trás desse museu, fica o Museu de Arte Benjamín Carrión, com obras modernas, exposição de instrumentos musicais e um corredor com obras de cunho erótico.










Saímos do museu e fomos para a praça em frente, O Parque Ejido e caminhamos até o Mercado Artesanal La Mariscal, onde há uma infinidade de lojas com artesanatos e lembrancinhas para comprar.



Depois fomos comer algo no Shopping Quicentro, onde terminamos nosso dia de turistas.

Na Plaza Foch, há uma loja da QuitoTour, uma agência de turismo que faz vários roteiros de um dia pelos arredores de Quito. Nós compramos três passeios: Cotopaxi, Quilotoa e Cidade da Metade do Mundo. Os preços dos passeios eram aceitáveis e incluíam transporte, guia e lanches e/ou refeição. De um modo geral foi um bom custo benefício.

Equador


Lago do vulcão Quilotoa
Por que Visitar o Equador?

Quando eu disse aos amigos que iria, nas próximas férias, para o Equador, me perguntaram: Vai para Galápagos? E eu, não, para Quito... Mas, por quê? O que tem de bom para fazer em Quito?

Essa é a ideia que o brasileiro tem sobre o Equador, restringindo o país a Galápagos! Uma pesquisa rápida e você descobre lugares incríveis para conhecer, principalmente para quem gosta de aventura, caminhadas e história, você pode subir vulcões, andar de trem e conhecer ruínas incas, quer lugar mais legal que este?

Ruína Inca de Ingapirca
Felizmente essa visão sobre Quito deve mudar, principalmente depois que a Gol pôs em atividade uma linha direta para a capital do Equador.


Nosso roteiro pelo Equador teve como base duas cidades: cinco dias em Quito e quatro dias em Cuenca.

Cinco dias em Quito, não é suficiente para fazer todos os passeios possíveis ao redor da cidade, mas é suficiente para fazer o principal e conhecer a cidade.

Em Cuenca, também ficaram faltando alguns passeios, mas também é suficiente para conhecer o principal.
Catedral de Cuenca
Em Quito ficamos no Nu Hotel, muito bem localizado na Plaza Foch, o centro da agitação noturna da cidade. Íamos dormis com o som alto dos bares e restaurantes, mas tudo fica mais quieto após a meia-noite. Esse hotel foi um bom custo benefício, o quarto era grande, o café da manhã simples mas suficiente para começar o dia, com boa estrutura e a localização era perfeita, muito próximo de onde saíam os ônibus de turismo da agência Quito Tour.

Em Cuenca, nossa escolha foi o Hotel Los Balcones, uma construção antiga adaptada e reformada para ser um hotel. Excelente quarto e banheiro, as áreas comuns do hotel eram lindas e o café da manhã muito bom, localizado há poucos quarteirões da catedral.

Um pouco do Equador...

Um dos menores países da América do Sul, o Equador é um dos dois únicos países sul-americanos que não fazem fronteira com o Brasil. A diversidade de espécies é elevada, principalmente considerando-se as Ilhas Galápagos, o principal cartão postal do país.

Mais de 90% da população fala espanhol, mas há línguas indígenas e essas comunidades tradicionais são bastante organizadas, inclusive com certo poder político no país. Para cada região do país há comunidades tradicionais distintas e que cuidam de parques e monumentos naturais, trabalhando como guias locais.

No final da década de 90, o país encontrava-se numa enorme crise econômica (só mais uma dentre todos os países sul-americanos, não é?).  Em 1998, o presidente da época, para contornar a crise, dolarizou a economia, ou seja, substituiu a moeda corrente Sucre pelo Dólar americano. Isso foi um choque financeiro principalmente para a população mais pobre que teve suas economias convertidas ao dólar a um câmbio nada favorável.

Desde então o índice de pobreza extrema do país vem diminuindo e hoje a o país encontra-se num momento de crescimento e estabilidade financeira e política.

Geograficamente, o Equador divide-se em litoral e cordilheiras. A mais populosa cidade do país, Guaiaquil, fica no litoral onde se localiza o principal porto do país. Contudo, é na cordilheira que se concentram a maioria das cidades (Quito, Cuenca, Riobamba, Lojas).

A paisagem equatoriana é, sem dúvida nenhuma, dominada pela cordilheira e pelas elevadas altitudes, passando dos seis mil metros de altitude.

O país possui mais de 80 vulcões sendo que mais de um terço ainda em atividade, mesmo que suas erupções tenham ocorrido há muitos séculos.

Vulcão Cotopaxi

Próximo a Quito, há o chamado “corredor dos vulcões”, um trecho onde se avistam vulcões dos dois lados da estrada, dentre eles o Cotopaxi, um dos vulcões mais altos do mundo.

domingo, 1 de setembro de 2019

Curitiba


O que fazer em Curitiba em três dias!

A cidade de Curitiba, capital do estado do Paraná, fica a pouco mais de 400 km de São Paulo. É uma capital, com ares de cidade pequena, e é isso que é faz tão atrativa.

Curitiba é mundialmente conhecida como uma cidade verde, bastante ecológica e agradável para se viver. Há uma infinidade de praças, parques e áreas verdes para visitar e passar bons momentos.

A cidade possui inúmeros parques, praças, museus e uma infinidade de lugares bacanas para conhecer, o que faz você precisar voltar mais de uma vez para lá (que coisa chata! Hehehe).

Já visitamos a cidade algumas vezes e, da última vez, ficamos lá por três dias e vamos contar um pouco dessa experiência. Passamos o réveillon 2018/19 por lá. Curitiba não é conhecida por grandes festejos na passagem do ano, mas a programação natalina é bastante interessante, então caso goste da época, vá alguns dias antes do natal e desfrute de apresentações de corais, exposições e paradas natalinas.

Ficamos hospedados no Hotel Radissom no bairro Batel. É um hotel mais caro, mas vale compensa pela qualidade. Quarto excelente, café da manhã de qualidade e um bom restaurante completam o cenário; no réveillon, há um jantar especial, pago a parte.


Dia 1: Jardim Botânico e Museu Niemeyer

Levantamos cedo nesse dia e fomos caminhar na bonita Praça Japão em frente ao hotel. Essa praça é adornada com cerejeiras cujas mudas vieram do Japão e é decorada com obras de inspiração oriental como o portal japonês além de jardins, lagos, fontes e a Casa da Cultura e Memorial da Imigração Japonesa de arquitetura japonesa, que possui uma loja com lembrancinhas onde eu comprei os famosos tsurus de origami e salas para cursos. É um local bastante agradável para caminhar.




Fomos então de taxi até o Jardim Botânico.

Jardim Botânico:

Inaugurado em 1991, o Jardim Botânico de Curitiba é um dos principais cartões postais da cidade. Logo na entrada, a caminho da estufa, o visitante se depara com canteiros simétricos floridos, que parecem um verdadeiro labirinto.








Acredito que muita gente já viu fotos da fachada da estufa em estilo art-noveau, inspirada num palácio inglês do século XIX (1), que abriga além de inúmeras bromélias, muitas outras plantas típicas da floresta atlântica.


O parque na verdade é uma unidade de conservação com mais de 150 mil m² que abriga uma área de preservação permanente, estufa, jardins floridos, lagos com peixes, trilhas para caminhadas e locais para descanso além de um pavilhão com o museu botânico e onde se pode comprar lembranças, artesanatos e mudas de plantas. Durante as caminhadas é possível também observar as araucárias, (árvores típicas da região sul do Brasil e um dos símbolos da cidade), imbuias, bromélias, orquídeas, além de inúmeros pássaros.

O Jardim Botânico de Curitiba é um desses lugares imperdíveis numa viagem, acredite.

O parque é muito utilizado pela população curitibana, que enche seus gramados nos finais de semana. Pudera, se eu morasse perto de um lugar como aquele iria toda semana.

A entrada é gratuita.

Museu Niemeyer

O projeto do museu, de autoria do próprio Niemeyer, é uma obra de arte. Antes mesmo de atravessarmos a rua, vemos uma estrutura de 30 metros de altura semelhante a um olho, que é o anexo a estrutura principal do museu que possui três pisos.




Possui salas para exposições diversas temporárias ou de longa duração; o espaço Niemeyer, dedicado ao arquiteto, contem maquetes das obras assinadas por ele espalhadas por todo o mundo, incluindo a Mesquita de Argel (Argélia).


Abriga ainda um Centro de Documentação e Referência, o Laboratório de Conservação e Restauro e a Reserva Técnica, auditório e áreas para ações educativas.

No pátio das esculturas vemos obras de diversos movimentos artísticos, como Tomie Ohtake e do próprio Oscar Niemeyer.




A exposição de longa duração Ásia: a terra, os homens, os deuses, apresenta peças de vários países asiáticos (entre obras de arte e mobiliário), e vários períodos desde a antiguidade.


O museu organiza ainda exposições temporárias com obras de sua própria reserva técnica de mais de sete mil peças e também exposições temporárias externas. Quando visitamos, estava nos últimos dias da Bienal de Arte de Curitiba.

O museu foi inaugurado em 2002 e fica no bairro Centro Cívico.
A entrada é R$ 20,00.

https://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/jardim-botanico/287


Dia 2

Vila Velha





A poucos quilômetros de Curitiba, no município de Ponta Grossa, fica o Parque Estadual de Vila Velha, um sítio geológico, com formações rochosas em arenito que se assemelham a uma cidadela.



O parque foi criado na década de 1950, com o intuito de proteger as formações rochosas em arenito formadas no período carbonífero e esculpidas pelo vento durante milênios.




Ao chegar ao centro de visitantes (que conta com lanchonete e toaletes), você assistirá a um vídeo sobre o local e logo em seguida, pegará um ônibus com um guia do parque que o levará até as formações; não é permitida a entrada sem um guia local.







Chegando lá, seguirá por uma trilha, que dará a volta pelos monumentos rochosos. As esculturas lembram formatos conhecidos, como a taça, a tartaruga, o camelo, o índio. Caminhando pela trilha, observa-se uma infinidade “esculturas” cuja erosão eólica moldou ao prazer da natureza. É um lugar muito bonito onde as rochas avermelhadas contrastam com o verde da vegetação e que, durante o dia, podem apresentar tons diferentes de acordo com a insolação.

Ainda no parque, encontram-se outras duas atrações, Furnas e a Lagoa Dourada, duas áreas cujo desabamento do solo deu origem a lagoas formadas pelo lençol freático e com vegetação densa e abundante no interior da cratera de mais de 100 metros de profundidade. Essas lagoas são interligadas pelo subsolo.
Para chegar ao local, você pode optar pelo transporte do parque ou por guias particulares, já que nesses locais não há necessidade de guias do parque.





Dia 3

Trem Curitiba - Morretes



Uma das atrações mais conhecidas e visitadas em Curitiba é o passeio de trem até a cidade litorânea de Morretes. Compramos o ingresso pelo site da operadora (1) para garantir o tíquete, já que o passeio é muito procurado. No site há várias opções de preços e de experiências, mas o percurso é o mesmo. Há a modalidade de ida e volta por trem, mas você pode optar por descer por trem e voltar para Curitiba por vans/ônibus, como fizemos.




O trem parte de Curitiba em direção ao litoral, pela ferrovia Curitiba-Paranaguá com seus 110 km de extensão. Essa ferrovia foi construída no século XIX, para escoar a produção do interior ao porto de Paranaguá. Na época foi considerada uma obra ousada, já que teria que vencer não só a serra da Graciosa, como também a floresta densa da região.




Durante o percurso todo em curvas, passa-se por diversos locais cuja história remonta à época da construção além de dezenas de pontes. Um lanche é servido e um guia acompanha cada vagão para explicar cada um dos pontos de interesse da estrada.


O passeio dura algumas horas, até chegar à estação de Morretes, onde um transporte nos esperava para nos levar até o restaurante Nhundiquara, no centro da cidade, onde almoçamos.






Uma caminhada pela cidade de Morretes margeando o rio e partimos para conhecer a histórica cidade de Antonina, sua igreja matriz e o belo visual da baia de Antonina.

Paramos também na fábrica de balas de banana Floresta, onde pudemos degustar e comprar pacotes de balas (vale a pena, são deliciosas).







O passeio dura o dia todo, chegamos ao final da tarde de volta a Curitiba.


(1) https://serraverdeexpress.com.br/passeios-de-trem