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sexta-feira, 19 de abril de 2019

O que fazer na cidade de Salta?


O que fazer na cidade de Salta?

Noite Salteña

A cidade de Salta é vibrante, com muitos restaurantes, museus, praças. O argentino tem fama de boêmio e em Salta não é diferente, o movimento começa pra valer depois das 21 horas.







A Rua Balcarce concentra bares, restaurantes e as “Peñas” (restaurantes com música típica ao vivo) para todos os gostos (com shows mais voltados para turistas ou mais populares, onde os salteños se divertem) e bolsos.

Nós fomos ao Nora Julia (essa representada nesse quadro ai ao lado), assistimos a vários shows, com música e dança, jantamos muito bem, tomamos vinho e tudo isso a um preço muito acessível.


Há muitos bons restaurantes em Salta e os preços, de um modo geral, não são abusivos.

Para saborear empanadas, basta entrar em qualquer restaurante e, de um modo geral, todas as que experimentamos foram muito gostosas, acompanhadas do vinho local então, ficam ainda melhores.

Museus

Museu de Arqueologia de Alta Montanha (MAAM)

Um dos motivos pelos quais amamos viajar são as surpresas que os destinos nos faz. Em Salta tivemos uma das mais agradáveis.

Há alguns anos assisti um documentário sobre 3 crianças incas encontradas nos Andes, que se encontravam criogenizadas uma vez que foram deixados como oferendas aos deuses no topo de uma montanha há mais de 6 mil metros de altitude e sua pele e órgãos, devido ao frio e a baixa umidade mantiveram quase que intactos suas características físicas. Lembro-me de ter ficado emocionada, pois o rosto, as trancinhas dos cabelos, as mãos das crianças estavam perfeitamente preservadas e elas pareciam estar dormindo serenas e essa cena nunca me saiu da cabeça, sempre me lembrava delas e comentava sobre isso.

Bem, pesquisando o roteiro para Salta, descobri o Museu de Arqueologia de Alta Montanha (MAAM), que só pelo nome já me faria querer visita-lo. Mas, pesquisando o acervo, eis que descubro que aquelas crianças oferendas aos deuses estavam lá!!! Fiquei tão feliz e empolgada com isso!








As três crianças (de aproximadamente 6, 7 e 15 anos) foram encontradas no alto do vulcão Llullaillaco. Os Incas tinham uma proximidade grande com o ambiente que viviam e as montanhas eram sagradas e consideradas santuários.

Junto às crianças foram encontrados centenas de objetos do dia a dia, como estatuetas, pentes, tecidos, calçados. A descoberta foi tão importante para o estudo da arqueologia Inca que foi criado um museu só para abriga-lo. O MAAM encontra-se na Plaza 9 de Júlio, num prédio antigo que foi adaptado para conter laboratórios e áreas de exposição com ambiente controlado (devido à altitude que foram encontrados, os corpos não poderiam ficar expostos em qualquer ambiente senão em um absolutamente controlado, para evitar fungos e deterioração). As crianças são expostas uma por vez, também para evitar a superexposição dos corpos e uma possível deterioração. Quando visitamos estava exposto o garoto (niño). Na área de exposição, bastante fria, é possível ver os objetos encontrados, uma coleção de pequenas estatuetas de lhamas em pedra e metal, pentes, enfeites, sandálias, tecidos. Ao final, uma das crianças a que estiver exposta naquela data, numa capsula com temperatura de aproximadamente -20°C, baixo oxigênio, controle de UV.

Não é permitido fotografar nem filmar essa parte da exposição.
(http://www.maam.gob.ar/##, acesso em fevereiro/19)

Há outras salas de exposições, mas o museu é bem pequeno.

Na saída deste museu tem ainda um restaurante muito agradável e uma loja de souvenires onde eu comprei uma lhama entalhada em madeira com um gorrinho em crochê (quem resistiria a uma lhama com gorro de crochê!!!!!), para aumentar um pouco minha pequena coleção de lhamas, tenho em pedra, em vidro, prata, cobre, sal, representando os produtos dos países que visitamos.


Detalhes do restaurante
 Museu de Ciências Naturais






Esse museu é pequenininho, mas muito legal. Fomos num domingo a tarde (abre às 15 horas) achando que só haveria nós no museu, contudo, estava lotado de pais com crianças e todos se divertindo vendo os animais ali expostos, muito bacana! Está localizado no Parque San Martin e o ingresso para turistas é de 30 pesos.









Museu Histórico do Norte (Cabildo)

Localizado na Plaza 9 de Júlio, o Cabildo é uma construção histórica do século XVII; foi sede do governo entre 1626 e 1888. Na década de 1930 foi designado como Patrimônio Histórico Nacional.





Hoje o prédio abriga o museu histórico do norte com objetos de arqueologia e principalmente, da história da região, com quadros, armamentos, mobiliário e coches.

Além da coleção de objetos, a própria construção em si vale a atenção, com seu grande pátio interno e fachada em arcos.

(https://museodelnorte.cultura.gob.ar/info/museo/)


Outros pontos de interesse

Teleférico ao Cerro San Bernardo

Localizado na Plaza San Martin, o teleférico de Salta é um daqueles passeios imperdíveis.

Vitrais coloridos enfeitam a entrada do teleférico.













Da estação, os carros sobem até o topo do Cerro San Bernardo a 1454 m de altitude, de onde se tem uma vista incrível de Salta. No topo, além da vista, cafeteria e uma feira de artesanato completam o cenário.

É um lugar agradável para caminhar e curtir um pouco a vegetação. É possível também chegar ao topo a pé, por uma estrada que circunda o morro. A vista da cidade é incrível.

O preço do Ingresso é 400 pesos.


Mercado San Miguel

Toda vez que viajamos visitamos os “mercados municipais” das cidades que visitamos. Geralmente são os locais mais populares e que representam melhor o dia a dia local. O mercado de San Miguel em Salta foi projetado em 1886 e abriga centenas de barracas e lojas com produtos locais, como frutas, carnes, artesanato local, frutas secas e também folha de coca, além de muitos restaurantes e bares (populares).






Fica aberto de segunda a sábado até às 21 horas.

A partir de Salta pode-se fazer inúmeros passeios de um dia pelos arredores (por carro ou excursões agenciadas), em uma das regiões mais bonitas da Argentina. A dramaticidade do relevo e das cores fortes em tons de amarelos, verdes, vermelhos e púrpura dos minerais que compõem aquelas montanhas da Cordilheira dos Andes, que mais lembram uma pintura, uma obra de arte, torna o passeio numa experiência única.

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