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sábado, 1 de junho de 2019

Tren a las Nubes (trem para as nuvens!!)


Tren a las Nubes (trem para as nuvens!!)

A ferrovia General Belgrano, no início do século XX, integrou várias regiões da Argentina. O ramal C-14, hoje conhecido como Tren a las Nubes foi inaugurado na década de 1940, interligando Salta ao Chile.

Por várias décadas a ferrovia teve um papel comercial, apenas no início da década de 70 surgiu a ideia de inaugurar uma linha turística para aproveitar a paisagem local; a primeira viagem oficial com esse objetivo ocorreu em 1972.

Hoje, o percurso é um passeio obrigatório para quem viaja para a região.

Como fazer o passeio?

Devido à alta demanda pelo passeio, optamos por comprar os tíquetes por meio do site oficial (http://trenalasnubes.com.ar/recorrido/), onde é possível escolher a data e o tipo de passeio: apenas o percurso de trem ou o percurso completo ônibus mais trem partindo de Salta. Nós escolhemos o percurso completo desde Salta.

O percurso

O passeio se inicia às 7 horas da manhã, na estação de Salta. Chegamos à estação de taxi, vimos uma fila de ônibus do lado de fora. Depois que você fizer o check-in e receber uma pulseira colorida, nós fomos orientados a nos dirigir para o ônibus correspondente àquela cor.

Eles são muito organizados, para não tumultuar nenhum dos locais de parada. Os ônibus saem com alguns minutos de diferença, então quando o primeiro ônibus chegar numa parada, os demais ainda estarão a caminho, quando terminar a parada, o segundo ônibus estará chegando, muito legal.  Abrindo o comboio vai um carro de apoio e fechando o comboio vai uma ambulância e uma equipe médica, para atender qualquer passageiro que passe mal, principalmente devido à altitude. Os guias se comunicam por rádios o tempo todo.








No caminho há várias paradas na beira da estrada para apreciação da paisagem, que, para variar um pouco, é divina.

Depois de umas três horas, há uma parada para o desjejum, incluído no tíquete. Paramos num local chamado Alfarcito (uma mescla de igreja com restaurante com colégio, mas com toda a infraestrutura necessária), onde já havia várias pessoas prontas para distribuir os pacotes com os lanches e o chá a sua escolha, tudo organizado. O local contava também com banheiros. Depois do café, andamos um pouco pelo local, tiramos fotos das lhamas e voltamos para o ônibus, exatamente quando o segundo ônibus estava chegando.








Seguimos até o povoado de San Antonio de los Cobres, a mais de 3 mil metros de altitude. Um vilarejo de clima árido, cuja principal atividade era a mineração de cobre. Lá fica a estação de onde o trem para as nuvens parte. Fomos levados direto para a estação.









O trem parte ao meio dia. O percurso de mais ou menos uma hora percorre uns 20 km, até o Viaduto La Polvorilla a 4200 metros de altitude. No caminho somos acompanhados por uma paisagem árida e por restos de mineradoras antigas.


O Viaduto é o auge de todo o passeio, tem 224 metros de comprimento e 63 metros de altura. O trem passa por sobre o viaduto e logo em seguida volta pelo mesmo trilho, mas na volta, as pessoas são convidadas a mudar de lado do trem, para que todos tenham a mesma experiência, então, se você for pelo lado direito do trem, vai voltar pelo lado esquerdo. Durante a passagem pelo viaduto, tocam músicas que magnificam o momento e pra variar, tive vontade de chorar, porque fiquei bastante emocionada.




Na volta, logo após o viaduto o trem para por uns 30  minutos, onde pudemos tirar fotos, comprar lembranças e experimentar algum petisco local.

Lembre-se que todo o trajeto do passeio é feito em grandes altitudes, chegando ao ápice de 4200 metros então, cuide-se, tome bastante água e não faça nada correndo para não sentir falta de ar ou dores de cabeça. Se perceber que está passando mal, chame o guia para receber atendimento médico.

Voltamos para San Antonio de los Cobres, onde almoçamos (todos os ônibus se encaminham para um restaurante diferente). Logo após o almoço, pegamos a estrada de volta para Salta. Há uma parada em Santa Rosa Tastil para o lanche da tarde. Chegamos a Salta ao anoitecer.


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