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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Quilotoa

Vulcão Quilotoa - Equador

Vulcão Quilotoa

Como disse antes, viajar para essa região do Equador é conhecer vulcões!

Nesse outro dia, saímos bem cedo também. Não paramos no caminho, pois o destino era mais distante.



Segundo o Instituto Geofísico do Equador, o Quilotoa é um vulcão potencialmente ativo, com cratera de 2 km.

 A última erupção ocorreu no século XII e cobriu grandes áreas de cultivo pré-colombianas com um grande fluxo piroclástico de pedras-pomes e cinzas visíveis em todo o norte do país.






No caminho, passamos por áreas onde é possível avistar esses depósitos.

Por todo o trajeto, observamos que o relevo é coberto por uma camada mais escura, é muito visível isso, há uma camada clara e, no topo, uma camada espessa de cinzas bem escura.






A primeira parada é num mirante para observarmos esse relevo que foi modificado pela erupção.











A segunda parada é no mirante do Centro deTurismo Comunitário de Shalala (outro local mantido pelas comunidades tradicionais), onde fizemos uma trilha até a beira da cratera do vulcão, de onde observamos uma das vistas mais lindas do universo!




A vista do lago do Quilotoa! É simplesmente incrível! Uma das mais bonitas que já vi.



Nesta área, há também uma lojinha.

Voltamos para o ônibus e fomos até a Reserva Ecológica de los LLinizas, onde pudemos descer na cratera.




Aqui começa o verdadeiro desafio (na verdade perrengue) desse passeio. Estamos a 3.900 metros de altitude e, apesar de estarmos bem mais baixo que na trilha do Cotopaxi, aqui também o esforço é enorme e o oxigênio some a todo o momento.








Para chegar à cratera, você desce por uma trilha de uns dois quilômetros (uns 35 minutos de caminhada) bastante íngreme e coberta por areia (a chance de quedas e escorregões é grande, olha as fotos!).

E aí está a pegadinha, como dizem, “na descida todo santo ajuda”, ou seja você não sente que está ofegando, que está se cansando, e vai descendo feliz se deslumbrando com aquela paisagem de tirar o fôlego!






Ao chegar na margem do lago, ainda deslumbra-se pelo visual maravilhoso os tons verdes da água... mas daí se dá conta de que vai ter que subir para voltar para o ônibus! O que fazer?

A pé, eu demoraria umas 5 horas e não tínhamos esse tempo, o que me restou? Subir a cavalo! Eu que nunca tinha andado a cavalo, teria que subir a trilha íngreme em zigue e zague a beira de um precipício no lombo de um coitado guiado por uma garotinha de 15 anos! Era isso ou pedir para levarem minhas roupas para que eu pudesse morar por ali mesmo.

Foi muito apavorante e, tenho que dizer desagradável.

Pagamos 10 dólares pelo cavalinho guiado pela garotinha. Ele era meio rebelde e às vezes tentava voltar para trás, às vezes ele disparava e ia até a beira do precipício, e às vezes ainda ia para o lado das pessoas que estavam descendo, sem controle nenhum. Mas o que mais me deixou triste era sentir a respiração ofegante do animal nas minhas pernas e ver aquela garota subindo e descendo aquele morro várias e várias vezes e eu, sem fôlego no primeiro passo. Não foi uma sensação muito boa, apesar daquela beleza de lugar.


Viajar também é isso, é se indignar com certas coisas que fazemos enquanto turistas, às vezes sem pensar muito bem, mas que na verdade, não deveríamos ter feito.


Bem, apesar do perrengue, o lugar é simplesmente lindo e vale muito a pena conhecer. Subimos com nossos cavalinhos e guias tentando abstrair tudo aquilo apenas para curtir a paisagem maravilhosa. O almoço, nesse restaurante bem bonitinho aí da foto, estava incluso no passeio e estava muito gostoso.

Chegamos a Quito por volta das 19:30.

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