Algumas
coisas em viagens são opcionais, outras obrigatórias. Visitar a
Última Ceia de Leonardo da Vinci em Milão é uma dessas coisas obrigatórias.
Muita
especulação é feita a respeito dessa obra: que os apóstolos representam o
zodíaco, que há uma mulher entre eles, que Jesus representa o sol entre outras,
mas o que é certo é que a obra representa a última ceia que
Jesus teve com seus apóstolos e onde ele revelou que um deles iria traí-lo. Desse mote, Da Vinci conseguiu criar em cada um dos apóstolos expressões
diferentes, de agonia, dúvida, susto, indignação perante tal revelação.
A obra,
um afresco pintado na parede do refeitório de um convento a pedido do duque de
Milão Ludovido Scorfezco, (cujo castelo é outra visita imperdível) entre os
anos de 1494 – 1498 é de uma riqueza de detalhes inimaginável, conforme a guia
foi explicando as nuances desses detalhes nos 15, 20 minutos de visitação, dava
a impressão da pintura se tornar um retrato, ganhar vida. Eu ficaria por horas
sentada ali observando a pintura. Infelizmente não pode tirar fotos da pintura original, então, temos que nos contentar com uma reprodução, na saída da exposição.
A pintura que vemos hoje é o resultado de uma restauração que levou uns 20 anos para
terminar entre as décadas de 1970 a 1990. A pintura já passou por muitos
percalços durante sua vida, e quase foi destruída na Segunda Guerra Mundial. Nota-se, na pintura original, algumas partes que não foram possíveis de serem recuperadas.
Para visitar, é necessário comprar o ingresso no mínimo uns três meses antes, na hora no balcão, nem pensar. São poucas pessoas por horário e os ingressos acabam muitos meses antes.
A obra fica no Cenáculo Vinciano, anexo à Igreja de Santa Maria de la Grazie, na Viale Corso, que fica bem próximo à Estação Cadorna.
A igreja eu não visitei, porque como praticamente todas as igrejas na Itália, ela fica fechada de meio-dia as 15:30, e eu tinha outros lugares para conhecer.
Parte de traz da igreja. |
O fato é
que, com ingresso em mão, entra-se na sala da pintura, com guia que explica
todos os detalhes de cada um dos personagens da obra (no horário que eu entrei,
o guia falava em inglês, mas mesmo assim, deu pra entender a explicação).
Eu quase
chorei quando a vi a pintura ao vivo e a cores, muito lindo, uma obra grande,
cheia de detalhes, cheia de emoção. Fica-se menos de 20 minutos na sala, e já
terminam a apresentação para que outro grupo entre. Mas são 20 minutos que
valem a pena.
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