Por tudo que já li e pude ver
pessoalmente nesse parque, os americanos tem uma forma totalmente diferente de
ver um parque nacional que nós brasileiros. Para eles não é só um lugar de
preservação, mas também de diversão. As pessoas vão visitar os parques, ficam
acampadas ou hospedadas nos hotéis, aproveitam ao máximo o lugar; quando
estávamos saindo, num domingo de manhã, havia uma fila imensa de carros para
entrar no parque para passar o dia, cobram ingresso (US$25,00 por carro para
até sete dias), mas as pessoas vão porque aquilo faz parte da vida. O parque
tem infraestrutura adequada para receber visitantes, mas também tem regras, que
pelo que observei, são seguidas a risca (por exemplo, os ônibus que te lavam
para os mirantes não saem do lugar se tiver alguém perto da porta, o motorista
começa a falar alto e até que a pessoa não se mexa ele simplesmente não sai, se
não pode ficar ali, não é para ficar ali, simples assim), sem pichação, sem
papéis no chão. Em todo lugar vê-se traços de preocupação como ambiente, como painéis solares e coleta seletiva. Tem também uns coletores de lixo que são compactadores, movidos a energia solar.
Chegamos ao parque no meio da tarde e fomos direto fazer o check-in no hotel (nos perdemos um pouquinho no centro de visitantes, mas deu tudo certo). Ficamos no
Yavapai Lodge (uma das sete opções de estadia dentro do parque). O
Yavapai tinha um preço intermediário, não era o mais caro e nem o mais barato. Conseguimos fazer reserva com algum tempo de antecedência (para ficar nos hotéis do parque, principalmente entre junho e julho, é necessário reservar com antecedência). Eu nunca fiquei tão feliz de ter conseguido ficar num hotel antes. Queria muito ficar no parque. O Yavapai tem 358 quartos, espalhados por 10 edifícios de no máximo dois andares; você faz o check-in na recepção que fica no prédio do restaurante e eles te dão um croqui para você encontrar o seu prédio. Os prédios ficam na borda do bosque, num lugar lindo e, com sorte, você vai conseguir ver alguns animais por perto. O quarto é grande, confortável, com TV, frigobar, ampla janela com tela anti-insetos, banheiro com banheira, chuveiro, secador de cabelo. Mas o mais importante... muito sossego, ficaria ali por várias semanas se eu pudesse. O prédio da recepção abriga o restaurante, que serve café da manhã, almoço e jantar no estilo self-service. Ao lado, fica um mercado o General Store, que, sem brincadeira, tem o nível do Pão de Açúcar com preços melhores (eu achava que seria um mercadinho, uma “vendinha”, mas me surpreendeu muito).
Os demais hotéis ficam espalhados pelas áreas próximas e vários tem restaurantes onde servem café, almoço e jantar também. Nosso primeiro jantar foi no restaurante do Bright Angel, que serve “à la carte”, e, sinceramente, não foi bom. Os jantares no restaurante do Yavapai foram bem melhores.
Não é necessário usar veículo
próprio para se locomover no parque porque tem 3 linhas de ônibus, interligando
o Centro de Visitantes, os hotéis e os principais pontos de observação. Tudo é
muito prático nos parques americanos. Pegue o ônibus e vá parando nos mirantes,
ande um pouco a pé para sentir o ambiente.
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"Ponto Final" dos ônibus do parque |
A maioria das bordas tem grade de proteção, mas muitas não têm então, tome muito cuidado principalmente com as crianças.
Bem, falar do visual é inútil, só
vendo mesmo... as mudanças de cores com o passar das horas, principalmente ao
nascer e pôr do sol, não tem palavras que descrevam. Animais, aves, árvores, o céu tudo é lindo nesse lugar.
Deu uma tristezazinha quando
chegou a hora de deixarmos o parque.
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Portaria do Parque |
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