Esse
é um tour de dia todo, com saída por volta das 6h30m e retorno as 16h, com café
da manhã e almoço incluídos.
Para
mim foi a “cereja do bolo” de todos os passeios. Os lugares mais lindos e
inesquecíveis pra se conhecer no Deserto do Atacama.
Nesse
tour chega-se a quase 4.800 metros de altitude, o frio e o vento são
intensos, vá preparado para isso, vista todas as jaquetas. No caminho, paramos
numa lagoa congelada (a primeira lagoa congelada da minha vida!), depois de
algumas gracinhas do nosso guia, pudemos caminhar pela superfície. Muito legal!
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Olha lá nosso guia fazendo graça... |
Nessa
lagoa a camada de gelo não estava muito espessa, dava um medinho de que a coisa
trincasse e trincava mesmo, de vez em quando era possível ouvir o gelo
quebrando, não saímos das áreas próximas à margem além do que estava muito
escorregadio; o local era lindo, com montanhas nevadas ao fundo, vegetação
rasteira, céu azul brilhante. Perfeito.
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Rachaduras |
No
caminho, vimos vários animais típicos de altitude e da região: vimos grupos de
vicuñas, que habitam o deserto em altitudes acima de 3.500 metros, raposas,
viscacha, além é claro de flamingos nas lagunas do salar.
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Difícil de ver, mas entre as pedra há uma viscacha. |
A
parada para o café da manhã deu-se à beira de um lago congelado há mais de
4.000 metros de altitude. O vento aqui era realmente cortante, (segundo
medições do nosso guia, chegou a 40 km/h), a temperatura estava a 8ºC
negativos, ou seja, a sensação térmica devia estar muito mais baixa que isso.
Mas, como o lugar era lindo e somos turistas, partimos para caminhar pelos
arredores (dane-se o frio e o vento!). E lá fomos nós, caminhas por mais um
lago congelado, esse estava com uma camada bem mais espessa de gelo, a
superfície estava até branca, então me senti mais segura para caminhar sobre
ele.
Após
a caminhada, voltamos para a van, onde tomamos um café da manhã composto por
pão, queijo, geleia, barrinhas de cereais, e chás diversos. O vento estava tão
forte nesse momento que estava difícil conseguir comer.
A
primeira parada para banheiros foi em frente a uma laguna magnífica a Miscanti,
um dos lugares mais bonitos que já vi, a parada é muito rápida, achei que
ficaríamos por lá mais um tempinho, mas foram poucos minutos. As montanhas
nevadas ao fundo, o céu azul, tudo tinha uma cor incrível.
Logo
em seguida paramos em outra lagoa, a Laguna
Miniques, menor, mas tão bonita quanto a primeira, essa lagoa é área de
reprodução de uma ave conhecida como Tagua Cornuda.
Paramos
para almoçar no povoado de Socaire,
um lugarzinho perdidinho no meio da estrada, num restaurante que já estava nos
esperando. No cardápio: sopa, frango com purê de batata e pedaços de pêssego em
calda. Na minha sopa tinha um cabelinho, preferi ignorar, mas não gostei muito
da experiência.
Depois
do almoço fomos até a Lagoa Chaxa,
no grande Salar do Atacama, que faz
parte da Reserva Nacional dos Flamingos.
Na verdade, eu esperava encontrar aquela revoada enorme de flamingos (como
vemos em algumas fotos), mas, não sei se pela hora do dia ou época do ano,
havia pouquíssimos flamingos, lindos, adorei, mas fiquei um tantinho decepcionada.
Essas aves alimentam-se de um minúsculo crustáceo, a artêmia que lhe dá a
colocação rósea de suas penas.
Outra
atração do lugar é o próprio salar, a crosta de sal formada na superfície do solo,
é muito interessante, atente-se para ficar sempre dentro das áreas demarcadas
para não pisar sobre as crostas de sal.
Já
voltando para San Pedro, paramos no simpático povoado de Toconao, onde há algumas
lojinhas de artesanato local, onde ficamos por um tempo caminhando pela praça
central.
Preços
(em pesos chilenos, válidos para jul/2015):
Agência
de turismo: 30.000 por pessoa (café da manhã e almoço incluídos)
Entrada
no parque: 5.000 por pessoa (paga-se em dinheiro, nas entradas dos lugares, no
caso, nas lagoas e na reserva dos flamingos)