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sábado, 27 de junho de 2015

Treviso


A cidade de Treviso, na Província de Treviso, Região do Vêneto, não faz parte das rotas importantes do turismo italiano, mas sempre fez parte de minha vida. Minha avó paterna nasceu lá e veio para o Brasil já com mais de 15 anos. Então, uma partezinha de mim veio de lá e por isso eu sempre quis conhece-la. Quando ouvia falar de Treviso, imaginava que fosse uma cidadezinha pequena e sem muita importância, nunca imaginei que ela seria uma cidade com tanta história. Como eu adorei essa cidade!

Treviso fica a uns 30 km de Veneza e tem por volta de 80 mil habitantes. O Rio Sile que corta a cidade, tem também inúmeros canais (a cidade é conhecida como pequena Veneza).

Ela existe deste os tempos do Império Romano quando era conhecida com Tarvisium e, devido a proximidade com Veneza, foi importante centro comercial.

A muralha
O centro histórico fica rodeado pelas ruinas da muralha concluída no século XVI. A cidade abrigou também artistas do calibre de Dante Alighieri, que passou alguns anos exilado por lá e chegou a citar a cidade na obra “A Divina Comédia”.

No século XX, Treviso passou por maus momentos durante as duas guerras mundiais, quando foi muito bombardeada e teve muitas de suas construções históricas destruídas, construções essas que foram finamente restauradas.

Hoje, Treviso é uma cidade próspera, sede da famosa marca Benetton e é linda de se conhecer. É também conhecida como o lar do famoso doce italiano, o Tiramissu, que segundo alguns sites o doce, da forma como se apresenta hoje, foi criado num restaurante em Treviso, que fechou há pouco tempo por causa da crise econômica.


Por que visitar Treviso?

Bem, sou suspeita pra dizer, porque adorei a cidade, mas ela realmente é uma cidade deliciosa de se conhecer, muito bonita, com boa infra estrutura, vale realmente a pena conhecê-la.

A muralha: boa parte da muralha e algumas de suas portas ainda estão em pé e cerca boa parte do centro histórico da cidade. Do lado de fora do centro histórico, há  um rio que acompanha a muralha, lindo para fazer uma caminhada.










Os canais, que serpenteiam pela cidade, cheio de pontes, e cujo principal é o Buranelli. Não deixar de passear também pela ponte de Dante Alighieri e pela Isola de la pescheria, onde funciona o mercado de peixes da cidade. Atravessando essas pontes, as vezes você pode ver um dos vários moinhos espremidos entre os canais e as casas.







Piazza dei Signori, é o “centro” do centro histórico de Treviso, é uma praça onde abrigam-se restaurantes , cafés e a prefeitura da cidade. É um lugar de encontro, onde as pessoas vão para passear, comer, levar as crianças para brincar no Carrossel instalado na praça, ver lojas de grife (como a da Benetton);





Loggia dei Cavalieri, construída por volta do século XII, era um ponto de reunião dos nobres e ricos da época. Foi bastante danificada durante a 2ª guerra, mas foi restaurada e hoje abriga uma área cultural e de encontro dos jovens trevisanos.




As igrejas: como toda cidade italiana, há várias igrejas em Treviso.

Igreja de São Francisco: Datada do século XIII essa grande igreja, construída de tijolinhos tem estilo românico e é muito pacífica, transmite calma e tranquilidade; localiza-se na Via San Francesco com a Via Sant’Antonio de Pádova.





Duomo: Dedicada a São Pedro Apóstolo, é uma construção mais exuberante, com enormes colunas. Tem origem paleo-cristã, do século VI, no século XI e XII começou a tomar a forma atual e no século XVIII foi reconstruída em estilo neo-clássico


  
Feiras livres que acontecem nas terças-feiras e aos sábados.

Andar pelas ruas, pontos e canais da cidade, observando os cantinhos e as inúmeras rodas d’água que antigamente serviam para moagem de grãos.








Tiramissú, coma vários, pois cada restaurante prepara um pouquinho diferente do outro e são deliciosos.




Os restaurantes que frequentei e mais gostei foram:

Pizzaria Da Roberto (Viale Luigi Cadorna, 16), jantamos lá umas três vezes, pois além de ficar próximo ao hotel, ainda tinha, bons pratos e preços e o atendimento muito simpático, uma das atendentes falava bem o português  e era muito gentil.



Osteria da Arman (Via A. Manzoni, 27), almoçamos duas vezes por lá, restaurante pequeno, com boa comida e preço. A decoração com fotos antigas de Elvis Presley, e outros, deixa o ambiente bem aconchegante e divertido.







Pizzeria Zeus (Via Avogari 14), jantamos duas vezes, uma delas comemos uma pizza excelente. A atendente brasileira é muito bacana e facilita bastante o entendimento do cardápio. Ótima opção. 


sábado, 20 de junho de 2015

Dicas e curiosidades italianas...



- Na conta de toda refeição feita em restaurante virá cobrado o coperto e não tem muito como fugir disso.

O coperto inclui o guardanapo, a toalha da mesa e a cesta de pães, ou seja, não tem como escapar, por volta de €1,50 euros por cabeça. A vantagem é que, de modo geral, não são cobrados os 10% do garçom.

 - Numa cafeteria, há dois preços de produtos (cafés, cappuccinos...) um para quem toma na mesa, outro, mais barato, para quem toma no balcão. Então saiba, se você sentar numa cafeteria e for servido por um garçom, vai pagar um pouco mais caro, mas, em alguns casos, vale a pena né?








- Depois das refeições, alguns restaurantes servem o que eles chamam de digestivo, que é um copinho com sorvete de limão siciliano batido com vodka e prosecco, uma delícia, não dispense. Caso não esteja incluído, peça, pois vale a pena.




- Fuma-se muito na Itália e quase todos os restaurantes possuem dois ambientes um interno bem pequeno, sem cigarros e um externo, geralmente nas calçadas, que inclui muito cigarro e às vezes pombos e pardais voando sobre sua comida, então fique atento ao escolher onde se sentar para almoçar.

















- Tiramissu, cada restaurante tem uma receita própria, alguns são excelentes (geralmente os que estão no cardápio como doce da casa), outros deixam a desejar porque são congelados, vale a pena experimentar.




- Capuccino, nada mais é do que leite com café cremoso, sem chocolate e muito menos canela, comuns no Brasil, mas será o leite com café mais gostoso da sua vida, prove todos que puder. O espresso, um café feito em máquina, forte, também é excelente.

Outros tipos de cafés italianos são: 
Ristretto (puro, forte e bem curto);
Doppio (duplo), 
Lungo (mais longo e um pouco mais fraco);
Correto (com grapa ou licor); 
Macchiato (com um pouco de leite);
Espresso com Panna (com chantili);
Americano (fraco); 
Café Latte (com mais leite). 

Esse aqui do lado é o Ristretto, e abaixo, um Ciocolatto.






- O vinho é quase obrigatório nas refeições italianas, geralmente o vinho da casa é muito bom e muito barato também, quase o preço da água. Olha atrás da nossa mesa, o estoque!










Nhoque
- As refeições italianas são compostas da seguinte maneira: antepasto (entrada), primeiro prato, segundo prato e sobremesa. Você nunca vai ter um prato completo como estamos acostumados aqui (tudo junto no mesmo prato). Se você pedir massa, será só a massa, se pedir a carne, só a carne. Veja bem o que vai escolher, porque os preços variam muito. Prato com massa são bem mais baratos que os de carne.


Risoto Milanês


- Entre nos mercados e compre chocolates e vinhos para trazer, são baratos e muito bons, chocolates Lindt, por exemplo, que aqui custam R$ 14,00 ou mais, lá você compra por €1,50, mesmo convertendo a moeda, vale muito a pena. Os vinhos mais caros nos mercados custam menos de € 20,00, mas você consegue encontrar vinhos excelentes por menos de € 5,00.





- Tome todos os gelatos que puderem, são maravilhosos e a variedade de sabores é enorme; se estiver em Treviso, recomendo muito a Gelateria Stefano Dassie, que já ficou entre os quatro melhores no Campeonato de Gelato Europeu em 2012. O sorvete Nero Fondente (de chocolate amargo e bem escuro) é algo inexplicavelmente bom, o melhor que já tomei na vida, minha turma tomou outros sabores e também adoraram.






- Os preços de lembranças e alimentos em locais turísticos não são tão mais caros que os de locais comuns.

- O trânsito é caótico, carros ônibus, trans, bicicletas, motos, cuidado ao dirigir por lá.



- Os motoristas italianos param nas faixas de pedestre; às vezes o carro de traz fica buzinando, mas eles param!

- Nunca deixe de validar os bilhetes de trem, metrô e tram (trens de superfície/troleibus), pois a multa é alta e, podem acreditar, os fiscais passam sim.


- Na estação, os trens geralmente ficam com as portas fechadas, para abri-las, basta apertar o botão verde no meio da porta.



- Os trens costumam ser muito pontuais, portanto, se comprar passagens de trem por site aqui no Brasil, fique atento aos horários para não perder a viagem.


- No início da primavera, as cidades (pelo menos as que visitei  no norte) ficam com o ar cheio de pólen voando por todo lado,  é muito mesmo e as vezes -se pessoas com máscaras. Então se tiver alguma alergia respiratória, leve um remedinho antialérgico e um descongestionante.




- As cidades italianas, pelo menos as que tive a oportunidade de conhecer, leva-nos a uma volta ao passado; se pudéssemos tirar as pessoas com trajes modernos, os carros, motos, bikes, nos sentiríamos de fato nos séculos XVI ou XVII, as janelinhas estreitas, parapeitos, portas pesadas, calçamento de pedra, fontes, floreiras, parece que fomos transportados para um daqueles documentários  medievais sobre Michelangelo ou Da Vinci. 





- Se você estiver visitando uma cidade pequena e não muito turística na Itália, prepare-se para ser a única pessoa nas ruas depois das 13 horas. Há certo ciclo diário nessas cidades: entre 8 da manhã e meio dia tudo aberto, há um movimento grande de pessoas nas ruas; do meio dia até umas 15h30min, tudo fecha, as vezes até restaurantes, as ruas ficam bem desertas. 




Após esse horário, tudo abre até às 20 horas, então, dependendo da cidade, você vai se sentir meio solitário nesse período, programe-se para ter o que fazer nessas horas. As igrejas menores fecham nesse horário mesmo nas grandes cidades.